Antes de fazermos algumas considerações a respeito da Divindade e Obras do Espírito Santo, gostaríamos de destacar a sua personalidade. A Bíblia, em algumas ocasiões, descreve o Espírito de maneira impessoal; contudo, em tais situações, a mesma apenas realiza descrições das suas operações – o sopro que preenche, a unção que unge, o fogo que ilumina e aquece, a água que é derramada e o dom do qual todos participam.
Não obstante, o Espírito Santo é conhecido como a terceira pessoa da trindade, Portanto se faz necessário comprovamos a luz das Escrituras as características da personalidade do Espírito; Logo, a pergunta que surge é esta "O Espírito Santo possui personalidade? O Espírito Santo pode ser considerado uma pessoa distinta do Pai e do Filho"?
Podemos afirmar que as características de personalidade são "inteligência, emoção e desejo, ou ainda, autoconsciência e autodeterminação"; Myer Pearlman faz o seguinte comentário sobre as características de Personalidade atribuídas ao Espírito Santo:
Podemos afirmar que as características de personalidade são "inteligência, emoção e desejo, ou ainda, autoconsciência e autodeterminação"; Myer Pearlman faz o seguinte comentário sobre as características de Personalidade atribuídas ao Espírito Santo:
"[...] Ele exerce os atributos de personalidade: mente (Rom. 8:27); vontade (1 Cor. 12:11); sentimento (Efés 4:30). Atividades pessoais lhe são atribuídas: Ele revela (2 Ped. 1:21); ensina (João 14:26); clama (Gál. 4:6); intercede (Rom. 8:26); fala (Apo. 2:7); ordena (Atos 16:6,7); testifica (João 15:26); Ele pode ser entristecido (Efés. 4:30); contra ele se pode mentir (Atos 5:3), e blasfemar (Mat.12:31,32). Sua personalidade é indicada pelo fato de que se manifestou em forma visível de pomba (Mat. 3:16) e pelo fato de que ele se distingue dos seus dons (1 Cor. 12:11)"(PEARLMAN, 2006, p. 228).
Podemos perceber, a Luz das sagradas Escrituras, mais duas fortes evidências da Personalidade do Espírito Santo, sendo elas:
Pronomes pessoais são usados para se referir a ele
Um dos maiores argumentos quanto a personalidade do Espírito Santo, encontra-se na exegese das passagens que se encontram no Evangelho de João, quando “Jesus Cristo se refere ao Espírito usando um pronome pessoal masculino, ἐκεῖνος, mesmo o substantivo grego Πνεύμα, sendo neutro (Jo 14.17; 16.8,13,14)”. (ERICKSON, apud, MAIA, 2014, pg. 466).
O Espírito Santo é chamado de consolador
Segundo Trench (apud MAIA, 2014) da mesma forma que o designativo consolador (παράκλητος) é aplicado a Cristo, indicando a sua personalidade (Jo 14.16; 1Jo 2.1), o mesmo pode ser dito em relação a pessoa do Espírito Santo. Na perícope que se encontra em Jo 14.16 quando Jesus Cristo se utiliza da expressão “outro consolador”, o mesmo refere-se a uma pessoa numericamente distinta que viria substituir outra; um consolador semelhante a ele.
" και εγω ερωτησω τον πατερα και αλλον παρακλητον δωσει υμιν ινα μενη μεθ υμων εις τον αιωνα"
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre"
Portanto, sabendo que um “Consolador é aquele que conforta, exorta, guia, instrui e defende [...]” (MAIA, 2014, pg. 466), compreendemos instantaneamente que o Espírito de hipótese alguma pode ser considerado com uma força ou influência - Este conceito é predominante dentro de algumas seitas Cristãs - O Espírito Santo possui os atributos, propriedades e qualidades de personalidade, logo, o mesmo é um ser Pessoal.
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