O estudo acerca dos anjos – sendo eles bons ou maléficos – sempre cativou inúmeros teólogos, principalmente por conta de sua complexidade – essa complexidade era vista e defendida por Karl Barth.
Em detrimento aos saduceus que na época do nosso Senhor Jesus Cristo, não possuíam nenhuma crença nos anjos, e consequentemente se dirigiam ferozmente contra aqueles que defendiam a existência de tais seres, entendemos por meio das sagradas escrituras que tais seres existem e foram criados por Deus; a Bíblia diz: "Nele – Jesus – foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele" (Cl 1.16), e "sem ele nada do que foi feito se fez" (Jo 1.3). Os anjos foram criados pela Palavra de Deus (cf. SI 33.6). "Mandou, e logo foram criados" (SI 148.2,5). Contudo, “a descrição dos anjos é sucinta e objetiva nas Escrituras quanto a sua origem, identidade, natureza e ofícios” (GILBERTO, et al., 2008, p.443).
1.1 A Natureza dos Anjos
Os Anjos são:
1.1.1 Criaturas
O Catecismo Maior de Westminster contém o seguinte, “Deus criou todos os anjos, como espíritos mortais, santos, excelentes em conhecimento, grandes em poder, para executar os seus mandamentos e louvarem o seu nome, todavia sujeitos a mudança” (MARTENSEN,apud GILBERTO, 2008 pg. 448), por tal motivos os mesmos não podem ser adorados (Cl 2.18), pois não passam de criaturas, apesar que os mesmos jamais a aceitariam (Ap 19.10; 22.8,9).
1.1.2 São seres incorpóreos
Ocorreram dois concílios que trataram sobre a propriedade corpóreas dos anjos. O primeiro concílio, que ocorreu em Nicéia, decidiu-se que os anjos eram compostos por luz. Como tal ideia foi amplamente rebatida, após tal concílio, em 1215 foi realizado um outro, para ser discutido o mesmo tema, por fim, decidiu-se que os anjos eram incorpóreos; visão esta que mais coaduna com os trechos bíblicos.
Concernente a não corporeidade dos anjos, os versículos bases para tal afirmação se encontram em Efésios 6.12: “a nossa luta não e contra a carne nem sangue, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”, e Hebreus I.I 4 – “Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? ”, logo, se os mesmo são espíritos, os tais são invisíveis, ou seja, eles não estão limitados as condições físicas ou materiais. Entretanto, apesar de serem puramente espíritos, têm o poder de assumir a forma de corpos humanos a fim de tornar visível sua presença aos sentidos do homem (Mt 28.2-6; At 11.11; Gn 18.1; Lc 1.11); quando tomam tão forma podem comer e beber (Gn 18.8).
1.1.3 São Imortais
Não estão sujeitos à morte, conforme lemos, através do médico Lucas: “[...] porque, já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição (Lc 20.35-36).
1.1.4 Assexuados
A Sagradas Escrituras é extremamente nítida quanto a tal afirmação, "Quando ressuscitarem dos mortos, não casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos nos céus" (Mc 12.25); logo, tomando como base tal texto, podemos destacar dos pontos, sendo eles: primeiro, os anjos não propagam a sua espécie; segundo, na interpretação de (Gn 6.1-5) os anjos não podem ser aplicados a tal situação.
1.1.5 Inumeráveis
"Milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões" (Dan. 7:10); "mais de doze legiões de anjos" (Mat. 26:53); "multidão dos exércitos celestiais" (Luc. 2:13); "e aos muitos milhares de anjos" (Heb. 12:22); "milhões de milhões e milhares de milhares" (Ap 5.11). Tais texto nos mostra claramente o porquê do nosso Deus ser o Senhor dos Exércitos.

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