quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Introdução a Pneumatologia - A personalidade do Espírito Santo (Part 1)


Antes de fazermos algumas considerações a respeito da Divindade  e Obras do Espírito Santo, gostaríamos de destacar a sua personalidade. A Bíblia, em algumas ocasiões, descreve o Espírito de maneira impessoal; contudo, em tais situações, a mesma apenas realiza descrições das suas operações o sopro que preenche, a unção que unge, o fogo que ilumina e aquece, a água que é derramada e o dom do qual todos participam.
Não obstante, o Espírito Santo é conhecido como a terceira pessoa da trindade, Portanto se faz necessário comprovamos a luz das Escrituras as características da personalidade do Espírito; Logo, a pergunta que surge é esta "O Espírito Santo possui personalidade? O Espírito Santo pode ser considerado uma pessoa distinta do Pai e do Filho"?
Podemos afirmar que as características de personalidade são "inteligência, emoção e desejo, ou ainda, autoconsciência e autodeterminação"; Myer Pearlman faz o seguinte comentário sobre as  características de Personalidade atribuídas ao Espírito Santo:
"[...] Ele exerce os atributos de personalidade: mente (Rom. 8:27); vontade (1 Cor. 12:11); sentimento (Efés 4:30). Atividades pessoais lhe são atribuídas: Ele revela (2 Ped. 1:21); ensina (João 14:26); clama (Gál. 4:6); intercede (Rom. 8:26); fala (Apo. 2:7); ordena (Atos 16:6,7); testifica (João 15:26); Ele pode ser entristecido (Efés. 4:30); contra ele se pode mentir (Atos 5:3), e blasfemar (Mat.12:31,32). Sua personalidade é indicada pelo fato de que se manifestou em forma visível de pomba (Mat. 3:16) e pelo fato de que ele se distingue dos seus dons (1 Cor. 12:11)"(PEARLMAN, 2006, p. 228). 
Podemos perceber, a Luz das sagradas Escrituras, mais duas fortes evidências da Personalidade do Espírito Santo, sendo elas:

Pronomes pessoais são usados para se referir a ele

Um dos maiores argumentos quanto a personalidade do Espírito Santo, encontra-se na exegese das passagens que se encontram no Evangelho de João, quando “Jesus Cristo se refere ao Espírito usando um pronome pessoal masculino, ἐκεῖνος, mesmo o substantivo grego Πνεύμα, sendo neutro (Jo 14.17; 16.8,13,14)”. (ERICKSON, apud, MAIA, 2014, pg. 466).


O Espírito Santo é chamado de consolador

Segundo Trench (apud MAIA, 2014) da mesma forma que o designativo consolador (παράκλητος) é aplicado a Cristo, indicando a sua personalidade (Jo 14.16; 1Jo 2.1), o mesmo pode ser dito em relação a pessoa do Espírito Santo. Na perícope que se encontra em Jo 14.16 quando Jesus Cristo se utiliza da expressão “outro consolador”, o mesmo refere-se a uma pessoa numericamente distinta que viria substituir outra; um consolador semelhante a ele.

" και εγω ερωτησω τον πατερα και αλλον παρακλητον δωσει υμιν ινα μενη μεθ υμων εις τον αιωνα" 

"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre"

 
Portanto, sabendo que um “Consolador é aquele que conforta, exorta, guia, instrui e defende [...]” (MAIA, 2014, pg. 466), compreendemos instantaneamente que o Espírito de hipótese alguma pode ser considerado com uma força ou influência - Este conceito é predominante dentro de algumas seitas Cristãs - O Espírito Santo possui os atributos, propriedades e qualidades de personalidade, logo, o mesmo é um ser Pessoal.


terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Por que Judas Beijou a Cristo?





O foco deste deste texto é apresentar exatamente duas razões Bíblicas-Históricas pelo qual Judas precisou beijar a Cristo na fatídica noite da traição relatada nos evangelhos. Precisamos ter em mente que a traição de Judas fora algo meticulosamente planejado e arquitetado pelo mesmo, Judas levou em consideração vários fatores que poderia decorrer no início, durante e após a Traição, e se preparou para que o seu plano viesse a ter êxito e nada fugisse do controle. O próprio Beijo de Judas em Cristo é um dos inúmeros exemplos que poderíamos citar que demonstra todo o cuidado de Judas para com o plano da Traição e o seu sucesso.
O Beijo de Judas em Cristo era algo necessário para que o plano da traição fosse concluído com êxito. As Sagradas Escrituras afirma que tal ato de Judas fora um Sinal "O traidor havia combinado um sinal com eles" Contudo, um grande questionamento que sempre existiu no meio da Cristandade é este: "Quais razões levou a  judas  entender que era necessário identificar a Cristo com um sinal (Gr. σημειον)"? Estaremos apresentando dois motivos principais para Judas ter entendido que o Beijo em Cristo se Fazia necessário.

Em primeiro lugar, uma das razões que levou a Judas precisar ter que Beijar a Cristo na noite da traição está intrínseco na perícope "O traidor havia combinado um sinal com eles, dizendo-lhes: "Aquele a quem eu saudar com um beijo, é ele; prendam-no" (Mt 26.48). Subtendemos portanto, através da leitura de tal texto, que era necessário identificar a Cristo, para que fosse evitado que um outro discípulo fosse tomando de assalto; e assim Judas o Fez "E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi; e o beijou" (V. 49).

É interessante notar que o Evangelista Mateus na passagem que relata a traição - Capítulo 26 - usou duas expressões no grego para a Palavra Beijo, a primeira "Aquele a quem eu saudar com um φιλήσω - Beijo" (V. 48) e a segunda "Eu te saúdo, Rabi; e o κατεφίλησεν -  beijou" (V. 49), demonstrando que Judas não se limitou apenas a Beijar a Cristo, mas Juntamente com o Beijo o Abraçou demonstrando assim afeição.

No primeiro motivo percebemos que a identificação de Cristo era necessária para que fosse evitado que um outro discípulo fosse arrebatado no lugar de Cristo. Em alguns manuscritos apócrifos que tratam sobre o motivo do Beijo de Judas em Cristo esta essência - a identificação de Cristo - é preservada,  mesmo repleto  de conteúdos fantasiosos e míticos. Por isso a pergunta que surge é a seguinte: " Por que Judas se preocupou tanto em identificar a Cristo com um Sinal? Era possível que Cristo fosse confundido com algum outro discípulo"?

Sim, era possível! Averiguando a história Crista-Primitiva existe uma tradição Católica - Universal - Extremamente forte, e defendida por grandes estudiosos do Novo Testamento, "Tiago, Filho de Alfeu, conhecido também como Tiago Menor, discípulo de Cristo (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) possuía uma grande semelhança física com Jesus, ao ponto de chegar a ser trabalhoso distinguir-se um do outro.

"Uma tradição ainda mais interessante e, talvez mais plausível, é preservada nas Lendas Douradas, uma compilação de sete volumes sobre a vida dos santos, elaborada por Voragine, Bispo de Gênova, em 1275 d.C. Ali relata-se que Tiago, filho de Alfeu, de tal sorte assemelhava-se a Jesus no corpo, no semblante e na conduta, que era trabalhoso distinguir-se um do outro. O beijo de Judas no Jardim do Getsêmane, de acordo com essa tradição, tornou-se necessário para certificar que Jesus e não Tiago, seria feito Prisioneiro" (DeBarros; Aramis C.; Doze Homens, Um Missão - Um perfil Bíblico-Histórico dos doze discípulos de Cristo. Hagnos, Pag, 361)

Esta tradição está baseada na alegação que Tiago Menor e Jesus possuíam uma relação de parentesco. As tradições apontam que Maria a mãe de Tiago (Mt 27.56; Mt 28.1), era Prima de Maria, mãe de Jesus; se esse parentesco pudesse ser comprovado, torna-se aceitável  esta tradição que envolve Tiago e Jesus Cristo e as respectivas semelhanças um com o outro. Entretanto, dada algumas outras circunstâncias que levaram a Judas planejar o Beijo em Cristo - Infelizmente devido ao tempo e espaço não estaremos abordando -  tal tradição é bastante coerente, preenchendo uma lacuna existencial e suprindo assim uma necessidade Histórico-Contextual tanto para Teólogos  como para pregadores e leitores das Sagradas  Escrituras sobre o motivo principal que levou a Judas ter que Beijar a Cristo.



Fontes:

O Mundo do Novo Testamento - J.l Packer, Merril C. Tenney e Willian White Jr
Doze Homens, Um Missão - Aramis C. DeBarros
Comentário Bíblico Moody - Everett F. Harrison
Novo Testamento Interlinear Analítico - Paulo Sérgio Gomes e Odayr Olivetti 
https://revavds.blogspot.com.br/2015/10/por-que-judas-traiu-jesus-com-um-beijo.html
https://artigos.gospelprime.com.br/por-que-judas-precisou-beijar-jesus/




segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A Bíblia e a Ciência

A Precisão afirmativas da Bíblia nas diferentes Áreas da Ciência Moderna.




                                       



É bem verdade que a Bíblia de maneira nenhuma é um livro científico; pois a finalidade da Bíblia é revelar o Criador – Deus. Há dois grupos extremamente distintos que os teólogos se utilizam para explicar como é dada as revelações que Deus faz de si mesmo para a humanidade, estes dois grupos são denominados: Revelação Geral de Deus e Revelação especial de Deus -  A Bíblia está inclusa no grupo “Revelação Especial de Deus”. O Teólogo Henry Clarence Thiessen nos define revelação especial da seguinte maneira: 
“Como revelação especial queremos dizer aqueles atos de Deus pelos quais ele dá a conhecer a si próprio e a sua verdade em momentos especiais e a povos específicos”. 

Além  das Sagradas Escrituras, também poderíamos citar como outros exemplos de revelação especial, a pessoa do nosso maravilhoso Senhor Jesus Cristo, milagres e profecias. Entretanto, mesmo a Bíblia não sendo um livro científico, convém salientarmos que ela faz afirmações científicas, ou seja, ela adentra sim!! No campo da ciência; e como de se esperar da mesma sabendo que ela é proveniente de Deus, e o mesmo não mente, não erra e não falha (Nm 23.19) a Bíblia é altamente precisa quando adentra neste campo.
Estaremos fazendo uma síntese das principais afirmações científicas existentes na Bíblia, convém falarmos antecipadamente que todas as afirmações existentes na Bíblia foram descobertas muito tempo depois pela ciência. Gloria a Deus por isto!



HISTÓRIA DA CRIAÇÃO
(Na Bíblia 1450 a.C.; na ciência, os anos 1900)


Os dez passos da criação do Gênesis (Gn 1.1.2; 1.3; 1.6-7; 1.9-10; 1.11; 1.14-18; 1.20-21; 1.24; 1.26; 1.22) estão de acordo com a lista de ordem dos mesmos eventos, conforme definidos pela ciência. A probabilidade de “adivinhar” aleatoriamente esta ordem seria de aproximadamente Uma chance em quatro milhões, similar à probabilidade de ganhar na loteria com um único bilhete. (A moderna astronomia, física, química, paleontologia e geologia nos confirma o quanto a Bíblia é precisa).




CICLO HIDROLÓGICO
(Na Bíblia: 3000 e 935 a.C.; na ciência, nos anos 1700)

(Jó 36.27,28) “Porque reúne as gotas das águas que derrama em chuva do seu vapor, a qual as nuvens destilam e gotejam sobre o homem abundantemente”. 3000 a.C.

(Eclesiastes 1.7) “ Todos os ribeiros vão para o mar, e, contudo, o mar não se enche; para o lugar onde os ribeiros vão, para aí tornam eles a ir”. 935 a.C.


Entretanto, a ciência não havia entendido o ciclo hidrológico até esse processo ser corretamente identificado por Perrault e Marriotte em 1700.



O AR TEM PESO
(Na Bíblia 3000 a.C.; na ciência: 1643).

(Jó 28.25) “Quando deu peso ao vento e tomou as medidas das águas”.


Torricelli, um cientista italiano, descobriu a pressão barométrica em 1643.




O TEMPO, O ESPAÇO E A MATÉRIA TIVERAM UM COMEÇO
(Na Bíblia: 1450 a.C.; na ciência: 1916).
(Gênesis 1.1) “No princípio [...]” Isso é uma clara referência ao começo do tempo, matéria e do espaço. No Novo Testamento também encontramos evidências de tal acontecimento. (2 Timóteo 1.9; 1 Coríntios 2.7)


Em 1915 as equações de EINSTEIN sugeriam o começo do tempo, da matéria e do espaço.



O UNIVERSO ESTÁ EM EXPANSÃO
(Na Bíblia: 1000 a.C.; na ciência: 1916)



A deslocação (Expansão) dos céus foi prevista por Albert Einsteen em suas equações gerais da relatividade, e confirmada por físicos como Edwin Hubble muitos anos depois. Como havia sido previsto, o universo estava em expansão. Entretanto, muito antes a Bíblia já havia mencionado esta expansão.


(Salmos 104.2) “Ele cobre-se de luz como de uma veste, estende os céus como uma cortina”.
(Jó 9.2) “Só Deus é capaz de estender o próprio universo[...]”.
(Isaías 40.22) “Ele é o que estende os Céus como uma cortina[...]”.
 




OS PADRÕES GLOBAIS DAS CORRENTES DE VENTOS
(na Bíblia: 1000 a.C.; na ciência, década de 1960)
Foi necessário usar a tecnologia dos satélites para reconhecer exatamente os atuais padrões mundiais das correntes de ventos. Todavia, a Bíblia mencionou a existência de tais padrões muito antes da ciência.


(Eclesiastes 1.6) “O vento vai para o sul e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vendo e volta fazendo os seus circuitos”.


AS CORRENTES DO OCEANO
(na Bíblia: 700 a.C.; na ciência: 1855)


(ISAÍAS 43.16) “Assim diz o Senhor, o que preparou no mar um caminho e nas águas impetuosas, uma vereda”.
(Salmos 8.8) “as aves do céu, os peixes do oceano e tudo o que percorre as correntes marítimas”.

Quando Matthew Fontaine Maury, o pai da oceanografia leu este versículo, o entendeu literalmente; e devido a isto, ele formou os oceanos do mundo e mapeou as principais correntes que desde essa época começaram a ser usadas para a navegação.




A VISÃO AGUÇADA DE UMA ÁGUIA
(na Bíblia: 1000 a.C.; na ciência: 1956)
(Jó 39.29 [NVI]) “De lá sai ela em busca de seu alimento; de longe os seus olhos o vêem”.


A esplêndida visão da águia, mencionada em Jó 39:29, é confirmada por Rutherford Platt no seu livro “The River of Life”, que também mostra a forma incomum em que foi projetado o olho da águia, atestando a sabedoria do Criador.

No respectivo livro supracitado, lemos o seguinte:

“Encontramos os olhos campeões entre todo o reino animal... [nos] olhos da águia, do abutre e do gavião. São tão aguçados que podem olhar para baixo, da altura de uns mil pés [300 metrôs] no ar, e avistar um coelho ou um galo silvestre meio escondido no capim. The River of Life (O Rio da Vida, 1956, pp. 215, 216).


MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO DO SOL
(na Bíblia: 1000 a.C.; na ciência: década de 1950)

(SALMOS 19.5-6) “Que é como um noivo que sai de seu aposento, e se lança em sua carreira com a alegria de um herói. Sai de uma extremidade dos céus e faz o seu trajeto até a outra; nada escapa ao seu calor”.


O Astrônomo Berti Lindblad nos informa que “O sol gira a uma velocidade de 250 km/s” – Em torno do centro da galáxia.

Todos sabem que a cada 28 dias aproximadamente, a Lua completa uma volta ao redor da Terra. Também é de conhecimento básico que a Terra, junto com a Lua, executa o movimento de translação ao redor do Sol, que leva 365.25 dias para ser completado. Aliás, não é só a Terra que circunda o Sol, mas todos os planetas, Luas, asteroides e satélites executam esse movimento de translação. O que poucos sabem, no entanto, é que o nosso Sol, com tudo que gira ao seu redor, também circunda alguma coisa, mas essa "coisa" está tão longe que nós nem percebemos o movimento. Estamos falando do centro da Via Láctea, ao redor do qual o Sol e mais de 200 bilhões de estrelas giram. 
Toda a Via Láctea descreve um movimento de rotação ao redor de um ponto central, mas seus componentes não se deslocam à mesma velocidade. As estrelas que estão mais distantes do centro movem-se a velocidades mais baixas do que aquelas que estão mais próximas. 

Nosso Sol descreve uma órbita praticamente circular em torno da Via Láctea e sua velocidade de translação é de 225 km por segundo. Para dar uma volta completa ao redor do centro da Galáxia o Sol leva aproximadamente duzentos milhões de anos.




MOVIMENTO DE ROTAÇÃO DA TERRA
(Na Bíblia 32-33 d.C.; na ciência: década de 1600)


(Mateus) 24.40-41 “Eu lhes digo: naquela noite duas pessoas estarão numa cama; uma será tirada e a outra deixada (noite). Duas mulheres estarão moendo trigo juntas uma será tirada e a outra deixada (dia) ”.


Como explicar o filho de Deus num “abrir e fechar de olhos” (1Coríntios 15.52) vindo de dia e de noite ao mesmo tempo, senão pelo movimento de rotação da terra?




A TERRA É UMA ESFERA
(Na Bíblia: 700 a.C.; na ciência: 1540)

Em seu livro “Apologia da fé cristã”, Abraão de Almeida nos traz as seguintes informações:

“ Os gregos criam que um de seus deuses, Atlas, a sustentava (Terra). Para outros povos ela estava equilibrada nas costas de um elefante, que estava em pé sobre uma tartaruga a nadar num mar universal; muitos acreditaram que a terra possuía a forma de um disco, circundado por águas. Os egípcios achavam que ela era apoiada por cinco colunas, outros admitiam que o nosso planeta tinha sido chocado por um ovo cósmico. Para Tales de Mileto “O pai da ciência” a terra tinha um formato de um pires. Anaximandro, contemporâneo de Tales, ensinava que a terra era cilíndrica



(Isaías: 40.22). “Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos”.



A TERRA ESTÁ SUSPENSA NUM ESPAÇO VAZIO
(Na Bíblia: 3000 a.C.; na ciência: 1543).

(Jó 26.7, BJK) “É Deus que estende os Céus do Norte sobre o espaço vazio; suspende e equilibra a terra sobre o nada”.


A ciência não havia descoberto isso até a declaração de Copérnico em 1543.


CONCLUSÃO

Qual a probabilidade de todas estas afirmações em um único livro, escrito a 3000 anos atrás, serem apenas sorte/coincidência? Pelo contrário, isto são evidências de que a Bíblia é o único livro que possui "Theopneustos" ou seja, O Sopro de Deus (2 Tm 2.16); são evidências da existência de um  Deus transcendente que tudo Criou e consequentemente conhece as obras de suas mãos. É de suma importância lembrarmo-nos que tais afirmações citadas é uma pequena parte de inúmeras outras afirmações científicas existente nas Sagradas Escrituras. 

A Deus seja dado todo louvor, adoração e honra; para todo sempre amém!




Fontes: 

Examine as Evidências - Ralfh O. Muncaster
Apologia da Fé Cristã - Abraão de Almeida
http://www.apolo11.com/via_lactea.php
https://www.youtube.com/watch?v=nOHKY5_RoQI
http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200001235




domingo, 17 de dezembro de 2017

Por que Estudar Teologia?

Alister McGrath, um dos grandes Teólogos e defensor da fé racional do atual século, nos faz deleitar com uma série de argumentos do porquê um cristão deve se preocupar em adentrar no campo da teologia e de preferência buscar uma especialização. E tendo em vista esta preocupação que comungo, estarei trazendo um pequeno resumo dos principais argumentos encontrados no seu livro:



MCGRATH, Alister. Teologia Para Amadores. 1a ed. SP: Mundo Cristão, 2008, 68 p.


O referido autor citado acima, começa a sua argumentação nos levando a uma resposta concreta sobre um dos maiores e principais papéis da teologia: "nos ajuda a expressar o que queremos dizer sobre Deus". Na continuação do seu raciocínio ele toma como base as seguintes premissas.

  • A teologia nos força a fazer perguntas e além disso, nos leva a reflexão. Ela nos oferece a oportunidade de aprofundar o entendimento e o apreço por nossa fé
  • A mesma permite ver os sentidos e ampliar a consciência das maravilhas que podemos encontrar na bíblia que denominamos como ínfimos e simples.
  • A teologia é uma jornada de descobrimentos rumo ao coração da bíblia, ela serve para evidenciar as consequências das afirmações bíblicas existentes e tudo o que possamos encontrar nela.
  • A teologia nos ajuda a fazermos conexões entre os diferentes aspectos da fé. São camadas nos alicerces nos quais podemos crescer construindo uma busca entre a fé e a vida.
  • A teologia permite identificar e apreciar os elementos individuais da fé cristã.

Baseado em todas as premissas acima, o autor nos traz como conclusão a seguinte ideia:



"Estudar teologia é como abrir uma porta. Atrás dela há um mundo de tesouros e podemos pega-los um por um e nos maravilharmos com a sua beleza e riqueza. Abrir a porta da casa de tesouros da teologia cristã é examinar cada um dos grandes temas da fé cristã". Mas convém salientarmos as palavras finais do referido autor: “O que importa na teologia é como aprender mais sobre o Deus vivo e amoroso e servi-lhe por inteiro com a mente e o coração”.

Conclusão: 

É claro que não trouxemos uma série de argumentações ricas em detalhes e com um grande poder de convencimento – a minha ideia não é esta, apesar que eu acredito que tal conteúdo exposto fora suficiente para alcançarmos o nosso objetivo – mas sendo bastante lacônico, desejávamos proporcionar ao nosso leitor a consciência do quanto a teologia se faz necessária a todo o cristão. Pois estamos presenciando cada dia mais o que Deus falou para Oseias: Eis que o meu povo está sendo arruinado porque lhe falta conhecimento da palavra [...] (Oseias 4.6 [BKJ])

sábado, 16 de dezembro de 2017

Angelologia - Uma Introdução ao Estudo sobre os Anjos (Part 3)



1.3 As Obras dos Anjos

A Sagrada Escrituras mostra-nos que os Anjos estão subordinados e prontos para executar qualquer ordem para qual forem designados. Em 1Pe 3.22 deixa bem claro que tal afirmação anterior é verdadeira, pois está escrito: “[...] ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes”. Convém salientar que “cada anjo da grande multidão de seres celestiais que está nos céus tem uma função dada por Deus” (BERGSTÉN, 1993, pg. 330); contudo, enquanto que uns estão integrados na administração divina junto ao trono de Deus, outros ficam à disposição do Senhor para executarem as suas ordens. Vejamos algumas de suas obras e missões:

1.3.1 Mensageiros de Deus

A palavra Anjo significa literalmente mensageiro. Por meio de tais Anjos Deus envia:
  • Anunciações (Lc 1.11-20; Mat 1.20, 21)
  • Advertências (Mt 2.13; Hb 2.2)
  • Instruções (Mt 28.2-6; Atos 10.3; Dn 4.13-17)
  • Encorajamento (At 27.23; Gn. 28.12)
  • Revelações (At 7.53; Gl 3.19; Hb 2:2; Dan 9.21-27; Ap 1.1)

1.3.2 Servos de Deus

Os anjos são enviados para:

  • Preservar (Gn 16.7; 24.7; Êx 23.20; Ap 7.1)
  • Resgatar (Nm 20.16; Sal 34.7; 91.11; Is 63.9; Dan 6.22; Gn. 48.16; Mt 26.53)
  • Interceder (Zc 1.12; Ac. 8:3,4)
  • Para servir aos Santos depois da morte (Lc 16.22).
  • Executar os castigos divinos (2 Sm 24.16; Dn 4.23-33; At 12.19-23)

1.3.3 Regozijam-se quando um pecador se arrepende

“Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se
arrepende” (Lc 15.10)
1.3.4 Glorificam a Deus

As passagens que se encontram em Jo 38.7; Sl 103.20; 148.2; Is 6.2,3; Lc 2.13,14; Hb 1.6 e Ap 4.8-11; são claras quanto a adoração, reverência e exaltação prestadas por todos os Anjos a Santidade de Deus: "Os Anjos prestam uma adoração contínua ao Santo dos Santos"; Por eles também serem adoradores, os tais não recebem adoração e as recusam (Ap 19.10; 22.8, 9); há inúmeras passagens que são claras quanto ao recusar, por parte dos Anjos, de adoração. Não obstante, a Bíblia é cara quanto a proibição de tal ato (Gal. 2:18). As adorações aos Anjos, muitas vezes são realizadas por alguns, pelo “simples” não conhecer das Escrituras, e este “simples” não conhecer é a causa de muitas criações de doutrinas de demônios, que infelizmente, em causa última, é a perdição de muitos. Portanto, algumas atribuições jamais devem ser direcionadas ao Anjos, como por exemplo: 

  1. Mediação (1 Tm 2.5)
  2. Divindade (Dt 6.4)
  3. independência (1 Pd 3.22)
  4. e doutrinação (Gl 1.8).

Todas as atribuições e doutrinas quanto aos Anjos podem ser retiradas de apenas um único
verso das Sagradas Escrituras: 

“Bendizei ao Senhor; anjos seus, magníficos em poder; que cumpris as suas ordens, obedecendo a voz da sua palavra. Bendizei ao Senhor; todos os seus exércitos, vos, ministros seus, que executais o seu beneplácito” (Sl 103.20,21)
Conclusão:

O Angelologia é extremamente fascinante. Os Anjos, sendo eles bons ou maléficos, são uma realidade segundo as Escrituras. Apenas com o estudo do Antigo Testamento, poderemos chegar a uma conclusão extremamente rápida de que tais seres são uma realidade, pois em tal coleção de livros, há um total de 108 referências sobre tais seres, se juntarmos com as 165 referências do Novo Testamento, confirmamos novamente tal crença; logo, ilógico negar o existir de tais seres celestiais - os saduceus não criam na existência dos Anjos.
No decorrer de todo este estudo* mostramos nas Escrituras algumas categorias destes seres e alguns aspectos concernente a sua natureza, e obras destacando que os mesmos são seres contingenciais e por isso os tais não devem ser adorados, pois uma de suas obras é adorar ao Criador. 



* A primeira parte deste estudo poderá ser acessado através do link:
https://lucasamaciel.blogspot.com.br/2017/12/angelologia-um-introducao-ao-estudo.html

   A segunda parte deste estudo poderá ser acessado através do link:
https://lucasamaciel.blogspot.com.br/2017/12/angelologia-uma-introducao-ao-estudo.html

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Angelologia - Uma Introdução ao Estudo sobre os Anjos (Part 2)



1.2 Categoria dos Anjos

A Bíblia revela claramente que existe uma hierarquia entre os anjos. Essa afirmação pode ser realizada a partir dos textos que se encontram registrados em (1 Ped 3:22; Col 1.16; Ef 1.21; Ef 3.10). Convém salientar, que tais textos “não aludem a espécies de anjos, mas a diversificação dos níveis de autoridade exercida pelos seres angelicais” (GILBERTO, et al., 2008, p.453). Para sermos mais simplórios, estaremos destacando algumas divisões clássicas existentes entre os anjos, evidenciadas pelas sagradas escrituras.

1.2.1 Querubins

Os querubins ocupam um lugar de prestígio e de enorme responsabilidade na administração divina junto ao trono de Deus, os textos que se encontram em (Sl 99.1; 80.1; Is 37.16; 2 Rs 19.15; 2 Sm 6.2) fazem-nos perceber a grande importância de tais seres. Entre os mais destacados teólogos existe uma aceitação de que os anjos estão relacionados com os propósitos retributivos e redentores.
A perfeição de tais seres, segundo Myer Pearlman, subtende-se da descrição que a bíblia relata dos mesmos possuído “rostos de leão, de homem, de boi e de águia”. Segundo tal autor, isto indica “uma perfeição de criaturas – força de leão, inteligência de homem, rapidez de guia e serviço semelhante ao que o boi presta” (PEARLMAN, 2006, p. 72). 
Por último, mas não menos importante, é de grade valia ressaltar que a palavra querubim “é um vocábulo correlato com um verbo acadiano que significa “bendizer”, “louvar”, “adorar”. Portanto, Os querubins estão diretamente ligados a santidade de Deus e a sua adoração” (GILBERTO, et al., 2008, p.454 – acréscimo nosso).

1.2.2 Arcanjos

A Bíblia sagrada faz menção apenas de um arcanjo, sendo este, Miguel; contudo o teólogo Eurico Bergstén citava Gabriel como outro possível arcanjo. Este modo de pesar é incoerente, pois a bíblia em nenhum momento mostrará ou citará Gabriel como um arcanjo. Este entendimento torna-se ainda mais difícil de ser aceito quando meditamos na passagem que se encontra em Daniel 10.13, pois o mesmo – Gabriel – cita Miguel como um dos primeiros príncipes, mas não se coloca em tal posição, e subtende-se em tal passagem que o mesmo possuía um menor poder em comparação com Miguel.
O arcanjo (gr. archangelos) Miguel é citado cerca de duas vezes no Novo Testamento, precisamente em Judas v.9 e I Tessalonicenses 4.16. Miguel é descrito na Bíblia como o líder das hostes angélicas no conflito com Satanás e os seus anjos maus; um dos primeiros príncipes; “vosso Príncipe”; e o grande príncipe, “defensor dos filhos do teu povo” (Ap 12.7; Dn 10.13; Dn 10.21; Dn I2.I). 

1.2.3 Serafins

Os serafins são citados apenas em Isaías Cap 6. Consequentemente o nosso saber sobre tal ser, pode-se dizer, que é mínimo. As principais características deles, conforme o trecho de Isaías, é concernente a quantidade de asas que tais seres angelicais possuem (Is 6.2), juntamente com o seu amor ardente para com Deus e forma de adoração (Is 6.3). 1.2.4 Anjos com designações específicas O coautor da obra “teologia sistemática pentecostal”, Wagner Gabi, destaca uma classe de anjos, que ao seu entender “são apenas conhecidos através do serviço que realizam”. Seriam eles, segundo o autor citado:

1) Anjos de juizo (Gn 19.13; 2 Sm 24.16; 2 Rs 19.35; Sl 78.49; Ez9.1,5,7). 
2) Anjo destruidor (I Cr 21.15). 
3) Anjo vigilante (Dn4.12,23). 
4) Anjo do Concerto (Ml 3.1). 
5) Anjo da cura (?) (Jo 5.1-4).
6) Anjo das aguas (Ap 16.5). 
7) Anjos do vento (Ap 7.1). 
8) Os sete anjos (Ap 8.2). 
9) Anjo do abismo (Ap 9.11). (GILBERTO, et al., 2008, p.457 – grifo nosso).

1.2.5 Anjo do Senhor

Quando falamos ou estudamos sobre os anjos, é impossível não citarmos este anjo em particular – hb. mal ́ak HaShem – onde nas sagradas escrituras existe mais de 50 alusões a tal ser. O que é atribuído a tal anjo nas sagradas escrituras, é o que lhe distingue dos demais; podemos citar como exemplos, o poder de perdoar ou reter pecados, poder de salvar, de recusar o perdão, ser tido como o próprio Deus, possuir a imagem e o nome de Deus (Is 63.9; Êx 23.21; Gên 32.30; 48.16; Êx 33.14;23:20-23). As aparições de tal anjo podem ser encontradas em (Jz 2.1; Gn 13.14-17; 17.8; 26.2-4; 28.13; Ex 20.1,2; Nm 22.22-36; Js 1.1,2; Js 5.14; Ex 3.6; Gn 16.7; Ex 3.2); Tomado como base as informações acima, tudo indica que tal anjo seria uma manifestação de Cristo antes de sua encarnação. Eurico Bergstén destaca o seguinte: 

Esse Anjo da presença do Senhor (cf. Is 63.9) não é um dos anjos criados, mas representa uma manifestação da segunda pessoa da Santa Trindade em sua preexistência, antes da "plenitude dos tempos" (cf. Gl 4.4), quando Ele "se fez carne e habitou entre nós" (cf. Jo 1.14). Por isso, no Novo Testamento não se fala mais nesse "Anjo", porque "aquele que se manifestou em carne" (cf. 1 Tm 3.16), já havia vindo. Aleluia! (BERGSTÉN, 1993, pg. 329).

Entretanto, não descartamos a hipótese que em alguns momentos, a manifestação deste
ser “angelical” poderia ser considerada como uma Teofania (gr. Theophania).

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Angelologia - Uma Introdução ao Estudo sobre os Anjos (Part 1)


O estudo acerca dos anjos – sendo eles bons ou maléficos – sempre cativou inúmeros teólogos, principalmente por conta de sua complexidade – essa complexidade era vista e defendida por Karl Barth. 
Em detrimento aos saduceus que na época do nosso Senhor Jesus Cristo, não possuíam nenhuma crença nos anjos, e consequentemente se dirigiam ferozmente contra aqueles que defendiam a existência de tais seres, entendemos por meio das sagradas escrituras que tais seres existem e foram criados por Deus; a Bíblia diz: "Nele – Jesus – foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele" (Cl 1.16), e "sem ele nada do que foi feito se fez" (Jo 1.3). Os anjos foram criados pela Palavra de Deus (cf. SI 33.6). "Mandou, e logo foram criados" (SI 148.2,5). Contudo, “a descrição dos anjos é sucinta e objetiva nas Escrituras quanto a sua origem, identidade, natureza e ofícios” (GILBERTO, et al., 2008, p.443).

1.1 A Natureza dos Anjos

Os Anjos são:

1.1.1 Criaturas

O Catecismo Maior de Westminster contém o seguinte, “Deus criou todos os anjos, como espíritos mortais, santos, excelentes em conhecimento, grandes em poder, para executar os seus mandamentos e louvarem o seu nome, todavia sujeitos a mudança” (MARTENSEN,apud GILBERTO, 2008 pg. 448), por tal motivos os mesmos não podem ser adorados (Cl 2.18), pois não passam de criaturas, apesar que os mesmos jamais a aceitariam (Ap 19.10; 22.8,9).

1.1.2 São seres incorpóreos

Ocorreram dois concílios que trataram sobre a propriedade corpóreas dos anjos. O primeiro concílio, que ocorreu em Nicéia, decidiu-se que os anjos eram compostos por luz. Como tal ideia foi amplamente rebatida, após tal concílio, em 1215 foi realizado um outro, para ser discutido o mesmo tema, por fim, decidiu-se que os anjos eram incorpóreos; visão esta que mais coaduna com os trechos bíblicos. 
Concernente a não corporeidade dos anjos, os versículos bases para tal afirmação se encontram em Efésios 6.12: “a nossa luta não e contra a carne nem sangue, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”, e Hebreus I.I 4 – “Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? ”, logo, se os mesmo são espíritos, os tais são invisíveis, ou seja, eles não estão limitados as condições físicas ou materiais. Entretanto, apesar de serem puramente espíritos, têm o poder de assumir a forma de corpos humanos a fim de tornar visível sua presença aos sentidos do homem (Mt 28.2-6; At 11.11; Gn 18.1; Lc 1.11); quando tomam tão forma podem comer e beber (Gn 18.8).

1.1.3 São Imortais

Não estão sujeitos à morte, conforme lemos, através do médico Lucas: “[...] porque, já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição (Lc 20.35-36).

1.1.4 Assexuados

A Sagradas Escrituras é extremamente nítida quanto a tal afirmação, "Quando ressuscitarem dos mortos, não casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos nos céus" (Mc 12.25); logo, tomando como base tal texto, podemos destacar dos pontos, sendo eles: primeiro, os anjos não propagam a sua espécie; segundo, na interpretação de (Gn 6.1-5) os anjos não podem ser aplicados a tal situação.

1.1.5 Inumeráveis

"Milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões" (Dan. 7:10); "mais de doze legiões de anjos" (Mat. 26:53); "multidão dos exércitos celestiais" (Luc. 2:13); "e aos muitos milhares de anjos" (Heb. 12:22); "milhões de milhões e milhares de milhares" (Ap 5.11). Tais texto nos mostra claramente o porquê do nosso Deus ser o Senhor dos Exércitos.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

II Tessalonicenses 2:3 - Uma visão exegética sobre a palavra αποστασια “Gr; Apostasia”.




Etimologia

A palavra αποστασια “Gr; Apostasia”, juntamente com outros derivados são mais frequentes usados como afastamento físico do que afastamento espiritual ou doutrinário. Tal palavra aparece na forma de Verbo “Aphistemi” mais de 15 vezes no Novo Testamento (Lucas 2.37; Atos 15. 38; Lucas 4.13; Atos 19.9; 2 Coríntios 12.8), e apenas 3 delas no sentido de afastamento Espiritual-Doutrinário (1 Timóteo 4.1; Lucas 8.13; Hebreus 3.12). É de suma importância salientar que tal palavra é composta por “Apo” – (de- separação, ponto de partida) e “istemi”- (levantar-se). Logo o significado básico é partida, e retirar-se de. O Léxico grego de F. Wilbur e Frederick Danker apresenta os seguintes significados: Ir embora, afastar-se, desertar , apostatar, retirar-se. O Dicionário Strong dá-nos os seguintes significados: Fazer retroceder, remover, excitar a revolta, deixar alguém, abandonar, torna-se infiel, ausentar-se de. Devido a isto o Léxico grego de Liddell & Scott, define a palavra “Apostasia” apresentando 4 significados possíveis, sendo eles:

1: Deserção, Revolta

2: Partida

3: Distinção

4: Distância



Aplicação Contextual de αποστασια  e o seu Desenvolvimento

O significado para a palavra “ αποστασια” na segunda epístola escrita pelo Apostolo Paulo ao Tessalônicos deve ser um afastamento Físico e não Espiritual-Doutrinário, e assim corroborando com a visão pre-tribulacionista - Visão que afirma o fato da igreja não passar pela 'Grande Tribulação' - uma outra evidência é palavra que vem da mesma raiz; αποστασιουGr; Apostasion”, que aplicada em um contexto de separação conjugal a mesma fora traduzida como Divórcio [ARA, NVI, SBB, BKJ, ARA]. 


λεγουσιν αυτω τι ουν μωσης ενετειλατο δουναι βιβλιον αποστασιου και απολυσαι αυτην

Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? (Mateus 19.7 [ARA])

Devido a tais questões, o significado para a palavra “Apostasia” em tal perícope deve ser entendido se referido ao arrebatamento da Igreja e o seu encontro com Cristo nos ares - A Partida da Igreja, a Noiva de Cristo -, e esse sentido foi "aplicado" nas  respectivas traduções:

Ano 1384 Wycliffe Bible
Ano 1526 Tyndale Bible
Ano 1535 Coverdale Bible
Ano 1539 Crammer Bible
Ano 1576 Breeches Bible
Ano 1583 Beeza Bible
Ano 1608 Geneva Bible



Este Significado fora alterado com a influência da BKJ, versão produzida em 1611, devido a questões Teológicas, associando αποστασια ao desvio doutrinário praticado pela Igreja Católica. Devido a isto, não apenas a questões gramaticais e históricas aqui expostas e abordadas, mais devido, também, a regras hermenêuticas-contextuais esse versículo afirma o arrebatamento da Igreja como evento que antecederá a "manifestação" do Anti-cristo e consequentemente a Grande Tribulação




BIBLIOGRAFIA

F. Wilbur, Frederick Danker; Léxico do Novo Testamento; Grego – Português; Vida Nova.
James Strong; Dicionário Bíblico Strong; SBB.
https://natanrufino.com.br/perguntas-e-respostas/palavra-apostasia-em-segunda-tessalonicenses-2/
Modern Grek - https://www.bibliaonline.com.br/greek
Textus Receptus - https://www.bibliaonline.com.br/receptus