Conteúdo Literário
O Livro de Apocalipse encerra o cânon e a história do Novo Testamento.
Apocalipse é o único livro do Novo Testamento dedicado inteiramente à profecia. A literatura apocalíptica era geralmente produzida em épocas de perseguição e
opressão para encoraja aqueles que sofriam por causa de sua fé. Era
caracterizada, minimamente:
Por intenso desespero com respeito as circunstâncias contemporâneas e por uma esperança igualmente intensa na intervenção divina no futuro
Pelo emprego de linguagem simbólica, de sonhos e visões
Pela introdução de potestades celestes e demoníacas, como mensageiros e agentes no progresso do propósito de Deus
Pela predição de um castigo catastrófico dos ímpios e de um livramento sobrenatural para os justos
O Livro de apocalipse ostenta tais características, não obstante, é um livro singular em comparação a outras obras que possuem um conteúdo semelhante, por exemplo, o autor revela o seu nome e parte do princípio de que é
conhecido, não como uma celebridade do passado, mas como um participante
contemporâneo dos assuntos relativos àqueles a quem se dirigia – tal
exclusividade 'como muitas outras' o diferencia das literaturas com conteúdo
apocalíptico antecedentes e precedentes, por exemplo: 2 Esdras ou o livro de Enoque)[1].
Destinatário, Datação e Autor
Tal livro fora
destinado às setes igrejas da província da Ásia que já existiam havia bastante
tempo e nas quais se verificara crescimento espiritual seguido de declínio.
Quanto ao tempo na qual fora escrito o livro de apocalipse, a teoria mais
aceita situa-o em finais do século I, no reinado de Domiciano (81-96 d.C.)[1].
Sendo o autor, como ele próprio diz, chamava-se João e fora testemunha ocular das
coisas que vira (Ap 1.1, 2). Encontrava-se em Patmos, uma ilha rochosa ao largo
da costa da Grécia, onde fora encarcerado por causa de sua fé. O Grego do Livro de Apocalipse é extremamente rudimentar, alguns Estudiosos do N.T afirmam que devido a essa característica, este é o único livro que fora escrito por João sem Auxílio algum de um "Escriba". Esse fato por si só causa inúmeros problemas para os interpretes do Livro de Apocalipse. Um outro fator que também poderíamos elencar que gera dificuldades para os interpretes é as alusões constantes ao A.T, cerca de 400 são realizadas por João.
A Interpretação de Apocalipse
Dentre as várias
escolas de Interpretação que labutam em compreender o Livro de Apocalipse,
destaco a Futurista, pois tal escola afirma que os primeiros três capítulos de
Apocalipse se aplicam ao tempo em que o livro foi escrito – alguns adeptos da
escola futurista entendem que existe também uma segunda referência nestes 3
capítulos inicias “Sete épocas na história da Igreja, lançando uma ponte sobre
o hiato existente entre a era apostólica e o regresso de Cristo” – e a partir
do capítulo 4, o resto do livro discutirá acontecimentos que terão lugar em período chamado de ‘A
grande Tribulação’ - salvo algumas exceções. Os acontecimentos de Apocalipse
relegados para esse período são interpretados tão literalmente quanto possível,
sendo, portanto, considerados como inteiramente futuros no que diz respeito à
era presente. Além da discussão que envolve o momento que se dará o arrebatamento da Igreja, "se antes, durante ou após a grande tribulação"[2], Um outro ponto que fazem as escolas de interpretação divergirem é
o capítulo 20 do livro de Apocalipse, "os mil anos devem ser considerados como
literais ou simbólicos, e se precedem ou se seguem à vinda de Cristo"; Destaco
assim, a interpretação da Escola Futurista, pois é afirmado a literalidade dos
Mil anos, que dar-se-á após o Retorno pessoal de Cristo.
Apocalipse em Esboço
O livro de Apocalipse Possui o seguinte Esboço:
Prólogo: A Comunicação de Cristo (1.1-8)
Visão I: Cristo na Igreja: O Senhor Vivo (1.9–3.22)
Visão II: Cristo no Cosmos: O Redentor (4.1–5.14)
Visão III: Cristo em Conquista: O Guerreiro (17.1–18.24)
Visão IV: Cristo na Consumação: O Cordeiro (21.9-21)
Epílogo: O Chamado de Cristo (22.6-21)
Notas
________________________________________________________
[1] Após a morte de Tito – um dos imperadores mais populares que houve
em Roma –, Domiciano, seu irmão mais novo, foi levantado imperador de Roma,
título concedido pelo senador pelo fato de Tito ter morrido sem deixar filhos.
Domiciano reconstruiu os templos dos velhos deuses e suprimiu as religiões
estrangeiras, especialmente as que procuravam conquistar adeptos. Exigiu que
lhe prestassem adoração e insistiu em ser aclamado como Dominus Et Deus “Senhor e Deus”. Segundo a tradição executou o seu
sobrinho, Flávio Clemente, por se recusar a oferecer sacrifícios diante de sua
imagem, como também vários Cristãos e Judeus que recusaram-se a adorá-lo.
[2] No Link a seguir, com base em II Tessalonicenses 2:3, argumento que a igreja não passará pela Grande Tribulação, fazendo uma analise exegética da palavra traduzida por "apostasia" em tal perícope
https://lucasamaciel.blogspot.com/2017/12/teologia-do-novo-testamento-ii.html
Dedicatória
Dedico a Brenda Cristine (Espero muitíssimo que lhe seja útil este "artigo")
Dedicatória
Dedico a Brenda Cristine (Espero muitíssimo que lhe seja útil este "artigo")

Obrigada amigo vai ser de muita ajuda 💕
ResponderExcluir